sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

GALINHOLA III

Dia 18 de Dezembro de 2014, apresentou-se com um nevoeiro denso e muito frio. Em virtude destas condições só conseguimos iniciar a caçada perto das 11 horas. Fomos para uma zona nova, limítrofe a um prado, após ter batido alguns matos dentro de pinhais e sem qualquer sucesso, dirijo-me a uma encosta de pinhal fechado com fetos bastante desenvolvidos, o Gaudi deteta um rasto e começa a trabalhá-lo, após algum tempo entra em paragem, há nossa aproximação a galinhola sai a cerca de 20 metros e sem qualquer hipótese de disparo. Vamos no seu encalce, após algumas buscas por locais onde pensamos que possa estar, a Daisy entra em paragem, dirigimo-nos rapidamente para lá, a galinhola levanta e é abatida, cobro da Daisy. Continuamos a caçada os cães andam bastante animados mal esboçam a paragem, sai uma galinhola bastante tapada um disparo sem qualquer efeito, decidimos retemperar forças e fazer uma pequena paragem. Quando recomeçamos a caçada, sentimos o beep da Fabula a tocar, dirigimo-nos para o local, deteto-a no meio da densa vegetação, aproximo-me dela, continua parada, tento aperceber-me dos locais de saída, a Fabula desliza um pouco e volta a parar, ouço o barulho da galinhola a levantar, sai tapada por uma barreira do terreno, não me deixa vê-la, o desconhecimento do terreno da minha parte permitiu-lhe ganhar uma vantagem que foi fundamental para a sua sobrevivência, mais dois levantes possivelmente há mesma sem possibilidade de qualquer disparo. Mais um bom dia em busca desta dama.

Galinhola do dia

Troféu só conseguido com o esforço destes artistas

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

GALINHOLA II

O dia apresentou-se muito frio e com nevoeiro denso. Tivemos de esperar até meio da manhã para conseguirmos iniciar a caçada. Após algum terreno já percorrido, houve-se o beep da Fabula a tocar, está numa zona muito densa, o Pedro tenta aproximar-se dela mas não é fácil, quando está já bastante perto a galinhola sai, tapada e sem qualquer possibilidade de disparo, alerta-me consigo vislumbrá-la por entre aquela densidade de vegetação cruzando a cerca de 30 metros, efetuo 2 disparos sem qualquer sucesso, não é fácil. Seguimos no seu encalce, após algum tempo houve-se novamente o beep da Fabula, não consigo passar o Pedro descola-se para lá, a galinhola sai no cabeço efetua um disparo sem qualquer sucesso. Foi para uma zona que não temos acesso. Após alguma conversa seguimos em direção a outra zona, notamos os cães a dar sinal de um rasto, descem ao lado de uma linha de água, acompanhamos, de repente o beep do Gaudi começa a tocar, oiço 2 disparos, o Pedro falhou-a, segundo ele bem falhada, pois conseguiu posicionar-se bem. Resolvemos fazer um intervalo, repor algumas energias e ao mesmo tempo permitir-me trocar de cães.
A Daisy com a sua galinhola
Retomamos a caçada perto do local da segunda da manhã, os cães estão bastante animados, nisto houve-se um beep e logo de seguida uma galinhola no ar, mal deixou parar, o Pedro efetua um disparo, em seguida vejo-a por entre os ramos das copas dos eucaliptos, efetuo dois disparos sem sucesso. Vamos tentar encontrá-la, num cabeço, antes do beep começar a tocar vejo a Daisy parada, aproximo-me, ela desliza, tento contorná-la, ela para novamente, tento chegar há encosta contrária, a galinhola não me dá tempo, sai antes de eu chegar, sabidona. Continuamos por um vale, onde passa uma linha de água com vegetação bastante densa, apesar de terem trabalhado bem nem sinal delas. Subimos e batemos um mato mais rasteiro com pinhal e eucaliptal denso desordenado, o beep da Daisy começa a soar, dirijo-me rapidamente para lá, começo a vê-la, aproximo-me, o Index está em patron, começa a soar o beep dele, bonita cena, por rádio digo ao Pedro para se aproximar, ainda chegou a tempo de ver, a galinhola sai, erro o primeiro tiro, coitado do eucalipto, ao segundo fica, cobro da Daisy, para terminar um bonito lance.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O BRETON TAMBÉM CAÇA A GALINHOLA

O Breton também caça e bem a galinhola. Em determinados terrenos penso que será mesmo imbatível. O Breton é um cão notável que se adapta muito bem a qualquer tipo de terreno e situação, para isso terá de ter uma boa morfologia, inteligência, carater e um excelente nariz. Com base nesta seleção teremos um cão fora de série. Depois da “Rainha” Perdiz aí está a “Dama”. Este domingo fiz-me acompanhar do Pedro Lourenço, que possui três breton’s filhos dos meus cães. O Gaudi filho da Fabula, cão excelente já nas perdizes mas que está a fazer o batismo nas galinholas, pois tem todas as caraterísticas para ter sucesso, a Try filha da Daisy, que se encontra na 1ª época, onde já se mostrou nas perdizes e está a fazer também o batismo nas galinholas, mas que mostra também pormenores que não enganam no futuro, a terceira tem 6 meses e terá de esperar a sua oportunidade. Na 5ª feira nesta mesma zona tínhamos conseguido 2 levantes, 1 disparo e zero abates.
Eu com (da esq. para a direita) Try, Gaudi, Fabula, Pista (Setter), Index e a Daisy, com o resultado da caçada
O Pedro com a equipa
Com a mudança das condições climatológicas houve também mexidas nos “pássaros”. Abordei esta jornada com algumas reservas pois estivemos por nos decidir por outra zona, mas resolvemos ficar por esta e foi uma decisão que se mostrou acertada, pois foi uma manhã excelente de “Damas”. A Fabula como sempre deu um recital de bem caçar, com 8 paragens e guias impressionantes é a “Mestre” da equipa, foi bem secundada pela Daisy com 5 paragens e algumas boas guias, um cobro muito bom a uma galinhola ferida de asa, a restante equipa portou-se também muito bem, o Gaudi com duas paragens e um trabalhador incansável, a Try e a Pista com uma paragem cada a mostrar boa aptidão e o Index sem qualquer paragem, mas a trabalhar bem e sem qualquer receio do sujo, fez um cobro, de certeza que irá ter a sua oportunidade de mostrar todas as suas qualidades. Um “great day” às damas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PERDIZES VI


Toda a noite choveu, uma chuva miudinha persistente e amanheceu assim, um ligeiro alivio e iniciei a caçada, acompanhado da Fabula e da Pista, pouco movimento da passarada, sinal que está tudo muito parado, geralmente implica que a caça está amarrada e nos sujos, quase dez horas e apesar de não terem parado poucos sinais das cadelas, um tordo ou outro, ou rasto de algum coelho, levanta-se um tordo de umas silvas, a Pista dá uma corrida atrás dele, juventude, entretanto a Fabula vai batendo o terreno ao longo de um muro de pedra, quando de repente deteta um rasto, segue-o, entra num local em que o muro está derrubado e começa a subir a encosta, de repente para há entrada de um local com mato e silvas, aproximo-me, entretanto chega a Pista e começa a rastear muito contente, a Fabula começa a entrar no sujo, começo a ver um sitio para me colocar melhor, subo um pouco tentando ler as possíveis saídas, após algum tempo, sinto o barulho da saída de duas perdizes, saem completamente tapadas sem qualquer possibilidade de disparo, corro um pouquinho para tentar ver para onde vão, nisto ouço o barulho de outra perdiz a levantar, vejo-a a passar entre a vegetação já a uns bons quarenta metros disparo e caiu. Dirijo-me rapidamente para o local, mas quando lá chego já a Fabula está a cobrar, é impressionante como sem ter visto o voo se dirige para a direção do disparo. 
Pensando um pouco no lance foi fundamental a entrada da Pista em cena pois foi isso que deve ter dividido as perdizes e fez com que aquela se atrasa-se. Após mais algum tempo na direção para onde tinham fugido as outras resolvi ir trocar de equipa. Apesar de terem sido incansáveis a Daisy e o Index não tiveram oportunidades, apesar de não ter ouvido nenhum disparo vi um caçador perto do local para onde penso que foram as perdizes ou elas saíram sem ele ver ou saíram sem lhe dar hipóteses de fogo, sendo certo que bati aquela encosta toda e nem sinal delas. Perdizes de finais de Novembro já tem muita escola.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

PERDIZES V - 2014


Tempo limpo, com poucas nuvens, ausência de vento, no vale notava-se nevoeiro, olhei para a encosta da serra escolhida para a caçada e vi dois caçadores deslocarem-se para o lado contrário da minha escolha. Resolvi atacar a serra com a tática do caracol de Ismael Tragacete, grande campeão espanhol, fácil de executar em terrenos planos mas de grande esforço físico naquele local, mas as perdizes de Novembro já começam a ser muito complicadas. Ás dez horas as camisas eram só água e eu sem ver nenhuma perdiz, entretanto o nevoeiro começou a subir a encosta e eu parei pois a visibilidade era muito escassa, quando limpou mais retomei em direção ao carro para dar minutos há Daisy e ao Index, pois iniciei com a Fabula e a Pista, a Fabula começa a trabalhar um rasto e nisto bastante largas saltam penso que seis perdizes pois a vegetação não me permite ter a certeza, tento ver onde vão poisar mas não consigo, o voo foi longo, resolvo não ir trocar de cães e encetar a perseguição, enquanto vou na deslocação para o local, vou pensando, aquela paragem por causa do nevoeiro fez com que elas tivessem furado o cerco porque senão a história se calhar seria outra. Tento fazer uma leitura do terreno e perceber onde poderão estar, subo mais um pouco e depois desço em sentido contrário a uma área grande de sujo onde será muito difícil ter sucesso, quando começo a descer vejo a Fabula parada virada para um sitio entre mim e o sujo, já “meti a pata”, devia ter abordado o lance mais perto do sujo, a Pista entretanto fica em patron, bonito, aproximo-me mais delas, saem da paragem e começam a pistar, nova paragem breve mais um pistar e a cerca de 30 metros começam a saltar as perdizes, disparo numa acertei-lhe, mas ela continua a voar, novo disparo e ela cai, tento ver para onde vão as outras, entraram no sujo e deixo de as ver, vamos cobrar aquela dirijo-me para o local, já lá andam a Fábula e a Pista há procura, passado pouco tempo vejo a Fábula com ela na boca, Linda cadela procura o melhor local para vir entregar-me já que tem uns muros pelo caminho e algum sujo. Nada que ela não resolva. Entro no sujo para ver se consigo com que elas levantem para local mais acessível, ao fim de algum tempo a Fabula e a Pista dão com duas pelo menos, sinto-as levantar, mas não as consigo ver. Saio do sujo e vou em direção ao carro para trocar de cães, estes já fizeram um belíssimo trabalho.

os protagonistas com o resultado final
Depois da troca volto ao sujo e vou tentar abordar mais acima, pois elas penso que devem ter subido e também porque penso ter visto umas ligeiras abertas, entro num trilho que penso que seja de javali e que me facilita a progressão, a Daisy e o Index continuam as buscas, quando paro ouço-as a movimentar dentro da mancha, depois de algum tempo meto-me num local em que já não consigo progredir, as silvas cruzam nos carrascos e na outra vegetação, paro com a intenção de voltar atrás, tento localizar os cães pelo seu barulho, estão os dois entre vinte a trinta metros, um quase em frente e outro mais para cima há minha direita, levo a mão ao apito para os chamar para nova direção de busca quando o que está a minha frente, deixa de fazer barulho, aguardo e fico mais atento, pois poderá vir num trilho mais limpo, após algum tempo, sinto levantar duas perdizes, não consigo ver nada, mantenho o olhar fixo num local, onde poderei dar fogo se elas lá aparecerem, uma resolveu lá cruzar, um correr de mão muito rápido, quase instintivo, disparo e algumas penas, parece que abati, pois devido há altura da vegetação, deixei logo de a ver, mando-o os cães cobrar de ferido e tento aproximar-me o mais possível do local os ajudar. Passado algum tempo aproxima-se de mim a Daisy com ela na boca, estava morta ainda bem pois naquele sitio uma perdiz ferida seria quase impossível de cobrar. Linda cadela e modéstia à parte grande tiro, só possível pela experiência de muitas épocas e muitas horas atrás delas. Mais um “Great Day”.

PERDIZES IV – 2014

O dia apresentou-se com ameaça de chuva sem vento. Iniciei a caçada com a Fabula e a Pista, depois de bater muito terreno sem qualquer sinal das vermelhudas, a Fabula e a Pista detetam um rasto trabalham a par, começam a subir a encosta, eu tento acompanhar, vou olhando mais para cima, nisto apercebo-me de qualquer coisa a passar numas pedras pelo canto do olho, a passagem foi tão fugaz e rápida, não consegui perceber do que se tratava, mas a minha experiência aconselhava-me a vigia daquela zona, retomo o contato visual com os cães que estão ligeiramente acima da minha posição e vem na minha direção, nisto ouço o vrum!! Característico na minha esquerda, duas perdizes que levantaram rodo, aponto uma e disparo, embrulha-se completamente, rodo para a direção da outra, mas já não a vejo. Mando cobrar, noto a Pista de nariz vem no ar, para o local da pancada da perdiz, mas a Fabula já vem com ela na boca, não lhe dá qualquer hipótese. Retomo na direção do voo da outra, tentando encontra-la, a Fabula detetou-a após algum tempo de busca, chegou a parar no quente do rasto, mas ela levantou-me larga e encoberta sem qualquer hipótese, hora de trocar de equipa.
apesar de ter sido abatida com a presença da Fabula e da Pista estes foram os ultimos intervenientes
A Daisy e o Index trabalharam vem, conseguiram levantá-la mais três vezes, sem me dar qualquer hipótese de abate. A ultima vez a Daisy parou-a duas vezes, com muito boa atitude, ela levantou-me relativamente perto, mas conseguiu sair tapada com a vegetação sem me dar a mínima chance de efetuar um disparo.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

PERDIZES III – 2014

O dia apresentou-se mais fresco que os domingos anteriores ainda assim temperaturas altas para a época, sem nebulosidade e sem vento. Em virtude do cio da Daisy, iniciei com a equipa Fabula e Index. A estratégia seria bater a meia encosta a zona solarenga e depois decidiria o restante. Iniciei a subida para a meia encosta, ao alcança-la comecei a rodear o monte. Após cerca de trinta minutos, a Fabula dá mostra de contentamento, agarro com mais firmeza a arma, nisto a cerca de 50 metros salta uma perdiz e logo de seguida o resto do bando com algumas mais atrasadas, aponto uma disparo e cai, vou a uma segunda novo disparo e nova queda, que adrenalina, dirijo-me ao local da queda da segunda, por ser de mais fácil acesso, mando cobrar os cães procuram por todo lado, subo a uma pedra para ver melhor, ao fim de algum tempo sem conseguirem cobrar, dirijo-me à zona para onde efetuei o disparo para tentar auxiliar a sua busca, local com muita silva baixa, pedras e vegetação pela cintura, um cocktail que não deixava que houvesse uma boa progressão. Eles continuavam com denodo a busca, mas sem qualquer sinal da perdiz, passado cerca de dez minutos e nas minhas deambulações noto uma pena de perdiz presa na vegetação, começo a tirar azimutes, tentando calcular velocidade e direção para determinar o local de queda, nisto a Fabula de nariz no ar teima em procurar junto a uns arbustos mais altos, dirijo-me para uma pedra próxima do local, quando subo vejo uma fenda espreito e vejo lá a perdiz dentro morta, chamo os cães para eles a cheirarem e aperceber-se onde ela está já que não lhe conseguem chegar, tive de a tirar com a ajuda de um pau. Era impossível conseguirem detetar, buraco fechado ausência de vento, não havia libertação de emanação e assim algumas ficam lá.

Dirijo-me para o local do primeiro tiro, mando cobrar novamente, eles procuram mas nem sinal da perdiz, procuro algumas penas para me orientar mas não encontro nada, os cães também não, ao fim de algum tempo, decido ir buscar a Daisy para auxiliar a Fabula, maior experiência pode ajudar. Depois da troca e ao fim de quase uma hora de busca nem sinal da perdiz, evaporou-se, onde se terá metido, debaixo de alguma pedra? Com muita pena minha tive de abandonar a procura e decidi retomar a caçada, sem qualquer avistamento ou sinal dos cães, no local para onde pensei terem ido as restantes perdizes, resolvi voltar ao carro para dar mais uns minutos ao Index e à Pista. Depois da troca efetuada, subi ao monte e retomei em sentido contrário ao inicial, após algum tempo noto contentamento da parte do Index, vou-me aproximando-me dele, nisto a mais de 50 metros levanta uma perdiz, sem qualquer hipótese de disparo, olho para o cão e ele continua a seguir o rasto, faz uma breve paragem, acompanho-o, ele segue o rasto até onde a perdiz levantou, era a única mas gostei muito da atitude do cachorro, ali ganhei o dia. Sem mais registo até ao fim, encontrei um grupo que pelos vistos deu com as perdizes que eu tinha levantado, não conseguiram nenhum abate, daí eu não as ter encontrado.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

BretonArzila-Pista e Index

Como neste fim-de-semana não podiam ir há caça, resolvi deslocar-me ao campo de treino para esticarem as pernas. Era um treino só para descomprimirem um pouco, sem colocação de peças no terreno, mesmo assim brindaram-me com paragens a esta e outra codorniz, além do levante de dois coelhos que não se deixaram parar por não estarem acamados.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

PERDIZES II - 2014

19 de Outubro de 2014, o dia apresentou-se sem qualquer nebulosidade, com bastante calor, ao meio-dia estavam 29º graus, decidi deixar os mais novos em casa e fiz-me acompanhar da Daisy e da Fabula, seria complicado voltar ao carro para fazer troca de equipa em virtude da volta delineada por mim. Respirei fundo e iniciei a caminhada, aquelas encostas são muito ingremes e chão muito complicado, após algum tempo as cadelas mostram-se mais animadas, deixo-as trabalhar, vou avançando mais lentamente e bastante atento, a cerca de cem metros do primeiro sinal, o bando das perdizes levanta, a vegetação não me permite um tiro muito limpo, mas consigo fazer um disparo e a perdiz desaparece, pouco depois começo a ver algumas penas a esvoaçar trazidas pela brisa que se fazia sentir, desço para procurar na zona onde efetuei o disparo, as cadelas vasculham tudo mas não dão qualquer sinal da perdiz, após algum tempo, decido retomar a caçada na direção do voo da fuga. Sigo ligeiramente abaixo da meia encosta, as cadelas voltam-se a mostrar animadas começam a subir, sigo-as, o bando volta a levantar, bastante tapado pela vegetação, com poucas hipóteses de abate efetuo um disparo, para tentar separá-las, já a alguma distância verifico que surtiu efeito, há perdizes que tomam rumos diferentes. Aumentaram as minhas hipóteses. Depois de algum tempo a estudar a estratégia a seguir, retomo o andamento, subo uma encosta, as cadelas detetaram um rasto, sigo-as,
As duas protagonistas bastante cansadas, mas pudera como trabalharam e o dono estava pior
 naquilo a cerca de trinta metros, salta uma perdiz encosta abaixo, disparo não acertei, continuo a correr a mão, disparo e queda da perdiz, pela minha experiência, julgo que não está morta, dirijo-me rapidamente para o local da queda, quando lá chego já lá andam as cadelas, noto algumas penas no chão mas a perdiz não está, ia para mandar cobrar de ferido, quando vejo a Daisy a cerca de dez metros num rasto e praticamente de seguida ficar parada para um tojo, será ela, aproximo-me com cautela, tomo a melhor posição para ver inclusive no chão, ela desamarra-se e perdiz na boca, bom trabalho. Entretanto aproximam-se dois caçadores que tinham efetuado alguns disparos mais à frente, em conversa com eles, foram três perdizes possivelmente do mesmo bando que perseguia, segundo eles levantaram longe e não fizeram nenhum abate, seguiram na sua direção, resolvi subir a encosta, para procurar noutra encosta mais à frente, as cadelas apesar do calor não param, grande carater, naquilo ouço o barulho de uma perdiz a levantar dentro de uns carrascos, disparo e nada, podia ter feito melhor, vou no seu alcance, mais à frente levanta outra sem me dar qualquer hipótese de disparo, sigo no encalço das duas pois a direção foi a mesma, após algum tempo, entro num carrascal, não tenho contato visual com as cadelas, mas sinto o seu trabalho, nisto levanta-se uma perdiz a cerca de trinta metros, encaro e perdiz no chão, mando cobrar passado algum tempo aparece-me a Daisy com ela na boca e a Fabula ao seu lado. Decido não avançar mais e retomar em direção ao carro, volto a cruzar-me com os dois caçadores, não conseguiram abater nenhuma, após alguma conversa retomo, a cerca de duzentos metros do carro a Daisy mostra-se bastante animada, mas saiem vários melros e pássaros, ela continua e de repente para, em direção a uns rebentos bastante frondosos de uma oliveira que tinha ardido quando por ali passou o fogo, não acreditei e abordei o lance descontraído e pior que isso de forma errada quando estou a cerca de 2 metros da oliveira irrompe uma perdiz, só consigo efetuar um disparo pois ela logo de seguida tapa-se, grande falhanço, grande penalti !!!, e mais uma grande lição, junto ao carro encontrei mais três caçadores que não tinham efetuado qualquer abate. Mais um excelente dia.

HONDA

Publico mensagem enviada pelo sr. José Luis, depois de autorizado, proprietário do Honda, um cachorro filho da Fabula Poulit San Danis X Colt des Lutins Cobs


"Boa tarde Carlos!
Já era para o contactar há tempos para falar do HondaII, contudo o tempo foi passando a oportunidade também.
Mas hoje venho dar-lhe nota da nossa segunda ida às perdizes,não falo da primeira,pois desiludi por completo os 2 cães já que, em 3 oportunidades não cobrei nenhuma! Dirá o meu amigo é o aliciante da caça! Saber dar mérito às aves deve ser uma virtude de quem ama esse desporto,não é verdade?
Pois bem ontem o Honda teve o condão de comover, tal a satisfação que me deu no cobro de uma perdiz varada após o tiro, encastelou e foi cair numa zona fora do meu campo de visão, mas que pelos cálculos seria um maciço de mimosas! Como o Alpha o mais velho não me dava conta do recado encorajei o Honda a procurar nas mimosas mas,confesso,já estava conformado em deixar ficar a perdiz,quando a meu lado vejo o cachorro com o perdigão na boca e sentado a minha beira!
Claro que fiquei muito contente e mais ainda quando me cobrou a segunda, caída de asa,ultrapassando  o mais velho,num rastrear veloz, a uns 100 metros de distância!
Junto as fotos das ditas ( que são bravas!) e do Honda."


Agradeço desde já ao Sr. José Luis a sua amabilidade e a satisfação dele também é a minha, sabendo que o caminho que tracei está a ir de encontro ao sucesso, pois só este fim de semana, foram três os contactos a felicitar-me pelos magníficos cachorros que possuem.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PERDIZES 2014

Abertura da época 2014/15, 5 de Outubro, o dia apresentou-se algo enevoado, levei os quatro cães, Fabula, Daisy, Index e Pista. Iniciei a caçada com a Fabula e a Pista, no sopé de uma encosta a Fabula mostrou-se muito contente, possível rasto de perdiz, mas não dava continuidade, teriam levantado? Próximo daquele local já tinha visto uns caçadores, resolvi subir a encosta, chegado ao cabeço, resolvi abordar a encosta do outro lado, na esperança de elas terem subido. Depois de algum tempo noto a Fabula muito animada, temos caça, fui-me chegando a Fabula bloqueia, aproximo-me mais a Pista vem de fazer um laceio junta-se a mim, naquilo irrompe a perdiz parada pela Fabula, sai meio tapada com uns arbustos, disparo e ela segue, novo disparo e ela cai, tento ver a pancada mas não consigo por causa da vegetação, dirijo-me ao local com as cadelas, mando cobrar de ferido, elas envolvem-se na busca, o local não é fácil com muito mato, após algum tempo surge a Fabula com ela.
1º COBRO
Após algumas festas, sigo na encosta, depois de rodear o monte, noutra encosta próxima, a Fabula encontra-se muito agitada, mas como a minha visibilidade é muito limitada devido á vegetação, não vi nada, será que levantaram, deixo-a trabalhar parece que segue um rasto acompanho-a como posso, tenho de me desviar, procuro uma zona mais limpa, quando a consigo ver novamente está parada, numa zona mais limpa para outra mais fechada, aproximo-me, sai a perdiz disparo, acerto-lhe mas ela continua, tento emendar com um segundo tiro mas não consigo, ela desce a encosta, continuo a segui-la com o olhar, de repente começa a encastelar, vai ferida de morte, cai a mais de 200 metros do local do tiro. Dirijo-me para lá apesar de não conseguir ver o chão marquei como referência um pinheiro. Chegado ao local desanimei, muito mato e silvas muito fechadas, mandei-as cobrar, elas muito ativas mas com grande dificuldade de progressão, continuavam as suas buscas, após mais de 15 minutos, sem qualquer sinal da perdiz, comecei a pensar que seria impossível dar com ela, o que mais me chateia é deixar caça morta ou ferida no terreno, mas pouco mais podia fazer, quando já pensava em desistir deixo de ouvir barulho da Fabula, mudo de local para tentar vê-la, eis quando a vejo surgir dentro das silvas com a perdiz na boca. Impagável, que grande qualidade de cadela, não estava ao alcance de qualquer um, com grande alegria retomo a caçada em direção ao carro para trocar de equipa. Entra em ação a Daisy e o Index, percorro uma meia encosta sem qualquer sinal delas, entro noutro monte, vou a meia encosta, começo a subir em direção a um sujo de repente a Daisy fica parada, aproximo-me pelo lado de cima, ela desliza para baixo e volta a parar, desço um pouco, volta a fazer a mesma coisa duas vezes, desço e fico ao topo do sujo, não posso descer mais, nisto a perdiz sai, ligeiramente tapada, erro-a, podia ter feito mais, fica para uma próxima.

2º COBRO
Duas perdizes abatidas, excelente trabalho da Fabula e da Daisy, duas cadelas de eleição, aquele 2º cobro da Fabula sem adjetivos para qualificar. Os cachorros novos, Index sempre muito trabalhador, inclusive nos terrenos mais difíceis e a Pista não tão bem como noutros dias, achei-a menos ativa, esperamos por novas oportunidades.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

CODORNIZES 2014

Excelentes dias de caça. Estes dois primeiros Domingos de Setembro, aguardado com grande expectativa depois de um convite para caçar na reserva de um amigo, que tem uma grande tradição para mim em matéria de codornizes, durante muitos anos foi o meu local de eleição de abertura a esta espécie enquanto “terreno livre”. Local que ainda tem muito de agricultura tradicional e que prova que esta tem muita influência na caça. O ano passado teve baixa densidade desta espécie, este ano pelo contrário parece-me um ano excelente em termos de criação, várias ninhadas avistadas bem emplumadas mas ainda sem atingir a maturidade, evitou-se atirar a estas. No primeiro Domingo, o dia apresentou-se com fortes chuvadas no raiar do dia só permitindo iniciar a caçadas pelas 9 horas. Quatro caçadores e cinco cães, todos breton´s e todos com sangue BretonArzila, grande orgulho. Da minha parte a Fabula e a Daisy, do Miguel, 2 cadelas e um macho. Os cães do Miguel já bastante caçados aos patos com mais de 2 dezenas de patos cobrados, os meus tem estado inativos devido ás minhas férias, ligeiramente para o gordo vamos ver como se portam. Rapidamente descobrem codornizes a primeira do dia foi a Daisy a descobrir efetuando uma belíssima paragem, arranque da codorniz disparo e abate, cobro efetuado pela Fabula dentro do milheiral, excelente inicio, logo de seguida o Miguel e o Valdemar efetuam disparos do outro lado, mais uma codorniz cobrada, os lances vão acontecendo, ora pelos cães do Miguel ou pelos meus, o Nuno que me acompanha está maravilhado com os cães, pelas suas belas paragens e pelos patrons que só não acontecem mais por causa da altura do coberto que não permite aos cães terem contato visual. Numa das vezes que permitiu caçarmos mais juntos e com o coberto mais baixo, ao lado de um terreno que tinha sido frezado, uma faixa de coberto com uma barroca de eliminação de água, a Daisy cruza o terreno e faz uma belíssima paragem, a Fabula junto com as duas cadelas do Miguel apercebem-se e ficam todas paradas em patron, bonito lance só foi pena não ter ficado registado numa foto ou filme mas de certeza perdurará muito tempo na nossa cabeça. Resultado final 29 codornizes.
O segundo Domingo apresentou-se muito ameaçador em termos de tempo, com bastante trovoada, aguardamos um bocado para ver se melhorava, a trovoada afastou-se e decidimos iniciar a caçada. Os mesmos protagonistas em termos de caçadores mas uma mudança na equipa de cães, saiu o macho do Miguel e entrou uma cadela do Valdemar, esta é filha da cadela e do cão do Miguel, duas gerações diferentes de BretonArzila, não foi no 1º dia por estar com o cio, como ainda tinha alguns vestígios optou-se por não utilizar o cão. Mais uma vez tivemos a possibilidade de assistir a bonitos lances individuais assim como coletivos com diversos patrons. Uma curiosidade foi que ao mudarmos para uma segunda zona, encontrámos um caçador com um cão perdigueiro cruzado, perguntámos se tinha visto alguma e ele disse-nos que tinha morto uma, mas que possivelmente havia mais uma ou duas na zona, nosso resultado nesse local, 11 codornizes abatidas, o caçador parou de caçar, esteve mais de meia hora a ver-nos caçar e no final deu-nos os parabéns pelos cães. resultado final 21 codornizes. Um bom cão é melhor que uma boa espingarda.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CACHORROS DAISY X GAUDI -3 MESES


Os cachorros continuam o seu desenvolvimento, mostram bom caracter e as suas primeiras aptidões.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

NINHADA DAISY x GAUDI

Os pais são excelentes caçadores, de excelentes linhagens, altamente seleccionados para a caça, exemplares utilizados na caça de codorniz, perdiz, galinhola, narceja e patos, com fabuloso nariz, meigos, paragem e cobro natural. Os cachorros encontram-se óptimos, muito activos, deixo algumas fotos no parque de sociabilização. Disponiveis para entrega.








segunda-feira, 21 de julho de 2014

DAISY - A INICIAR OS TREINOS

Depois de uma pausa por causa da sua gravidez e pela amamentação da sua ninhada, a retomar os treinos que a época aproxima-se.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Dendaberri Pista

Mais um treino da Pista, boa dinâmica, boa paixão, apesar das condições climatéricas muito adversas a denotar progresso e um excelente nariz.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

NINHADA GAUDI x DAISY

Uma ninhada pensada para caçadores, dois cães excelente em trabalho, com grande nariz, só tem caça naquela cabeça. Demonstraram grandes aptidões desde muito jovens, com grandes linhagens no seu pedigree, são todo-o-terreno. A ninhada já nasceu no dia 31/05 e está a desenvolver muito bem, brevemente colocarei fotos. Aceitam-se reservas.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

CACHORROS FABULA x DUQUE

Os cachorros com 9 semanas, só estão comigo 1 Macho e 1 Fêmea a dar indicações de mais uma excelente ninhada, com boa morfologia e carácter, deixo algumas fotos dos cachorros:

FÊMEA
Penso que vai ser uma cadela de excelente andamento, muito ativa, com muito querer e bom nariz, boa pelagem e pigmentação


















MACHO

Com "muito osso", um cão bastante forte, boa morfologia, excelente caracter de fácil ensino, bom nariz, bonita pelagem e boa pigmentação.



terça-feira, 10 de junho de 2014

TREINO 2014/06/01 - Fabula, Gaudi e Try

Depois de um interregno a Fabula recomeçou os treinos, primeiro uma paragem com um coelho, depois no terreno com o seu filho Gaudi, uma paragem com uma codorniz, o Gaudi efetuou um patron mas como estava muito perto, transformou-se numa paragem a dois.
Também no treino a Try, com 9 meses a mostrar bons andamentos, muita paixão e um excelente nariz

segunda-feira, 26 de maio de 2014

TREINO 2014/05/24

Excelente dia de treino, com boas condições, temperaturas moderadas, vento moderado e sem modificação. Boas paragens verificadas, excelentes indicações, com alguns cães jovens a mostrar boa paixão e bom nariz, a evoluírem muito bem. Depois do treino propriamente dito, na volta de descontracção, uma paragem efectuada por três bretons, Gaudi um filho da Fabula com 1,5 anos e que está um exemplar formidável, com paixão, incansável e um belissimo nariz, Daisy excelente e sempre muito expressiva e o Index, um cachorro com 8 meses, grande paixão, excelente nariz e aqui a mostrar já alguma maturidade, todos os cães tem paragem natural, nunca usei coleira de ensino.

domingo, 25 de maio de 2014

Ninhada Fabula X Duque dos Malheiros

Uma ninhada para caçadores exigentes, dois cães excelentes na caça, todo o terreno, com pedigree excelente tanto da mãe como do pai, aproveite para reservar um cachorro de qualidade.
A desenvolver bem, excelentes cabeças, largas e boas narinas, boas pigmentações, boa relação do chanfro, bons aprumes e com "muito osso".