quarta-feira, 22 de outubro de 2014

PERDIZES II - 2014

19 de Outubro de 2014, o dia apresentou-se sem qualquer nebulosidade, com bastante calor, ao meio-dia estavam 29º graus, decidi deixar os mais novos em casa e fiz-me acompanhar da Daisy e da Fabula, seria complicado voltar ao carro para fazer troca de equipa em virtude da volta delineada por mim. Respirei fundo e iniciei a caminhada, aquelas encostas são muito ingremes e chão muito complicado, após algum tempo as cadelas mostram-se mais animadas, deixo-as trabalhar, vou avançando mais lentamente e bastante atento, a cerca de cem metros do primeiro sinal, o bando das perdizes levanta, a vegetação não me permite um tiro muito limpo, mas consigo fazer um disparo e a perdiz desaparece, pouco depois começo a ver algumas penas a esvoaçar trazidas pela brisa que se fazia sentir, desço para procurar na zona onde efetuei o disparo, as cadelas vasculham tudo mas não dão qualquer sinal da perdiz, após algum tempo, decido retomar a caçada na direção do voo da fuga. Sigo ligeiramente abaixo da meia encosta, as cadelas voltam-se a mostrar animadas começam a subir, sigo-as, o bando volta a levantar, bastante tapado pela vegetação, com poucas hipóteses de abate efetuo um disparo, para tentar separá-las, já a alguma distância verifico que surtiu efeito, há perdizes que tomam rumos diferentes. Aumentaram as minhas hipóteses. Depois de algum tempo a estudar a estratégia a seguir, retomo o andamento, subo uma encosta, as cadelas detetaram um rasto, sigo-as,
As duas protagonistas bastante cansadas, mas pudera como trabalharam e o dono estava pior
 naquilo a cerca de trinta metros, salta uma perdiz encosta abaixo, disparo não acertei, continuo a correr a mão, disparo e queda da perdiz, pela minha experiência, julgo que não está morta, dirijo-me rapidamente para o local da queda, quando lá chego já lá andam as cadelas, noto algumas penas no chão mas a perdiz não está, ia para mandar cobrar de ferido, quando vejo a Daisy a cerca de dez metros num rasto e praticamente de seguida ficar parada para um tojo, será ela, aproximo-me com cautela, tomo a melhor posição para ver inclusive no chão, ela desamarra-se e perdiz na boca, bom trabalho. Entretanto aproximam-se dois caçadores que tinham efetuado alguns disparos mais à frente, em conversa com eles, foram três perdizes possivelmente do mesmo bando que perseguia, segundo eles levantaram longe e não fizeram nenhum abate, seguiram na sua direção, resolvi subir a encosta, para procurar noutra encosta mais à frente, as cadelas apesar do calor não param, grande carater, naquilo ouço o barulho de uma perdiz a levantar dentro de uns carrascos, disparo e nada, podia ter feito melhor, vou no seu alcance, mais à frente levanta outra sem me dar qualquer hipótese de disparo, sigo no encalço das duas pois a direção foi a mesma, após algum tempo, entro num carrascal, não tenho contato visual com as cadelas, mas sinto o seu trabalho, nisto levanta-se uma perdiz a cerca de trinta metros, encaro e perdiz no chão, mando cobrar passado algum tempo aparece-me a Daisy com ela na boca e a Fabula ao seu lado. Decido não avançar mais e retomar em direção ao carro, volto a cruzar-me com os dois caçadores, não conseguiram abater nenhuma, após alguma conversa retomo, a cerca de duzentos metros do carro a Daisy mostra-se bastante animada, mas saiem vários melros e pássaros, ela continua e de repente para, em direção a uns rebentos bastante frondosos de uma oliveira que tinha ardido quando por ali passou o fogo, não acreditei e abordei o lance descontraído e pior que isso de forma errada quando estou a cerca de 2 metros da oliveira irrompe uma perdiz, só consigo efetuar um disparo pois ela logo de seguida tapa-se, grande falhanço, grande penalti !!!, e mais uma grande lição, junto ao carro encontrei mais três caçadores que não tinham efetuado qualquer abate. Mais um excelente dia.

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