quarta-feira, 20 de março de 2013

PERDIZES 2012

Uma época de caça à perdiz bastante abaixo das ultimas, todas as zonas que visitei apresentavam uma baixa densidade de perdizes novas, indicando ou uma baixa postura ou baixa taxa de sobrevivência. Apesar destas contrariedades ainda consegui realizar algumas boas jornadas e alguns bons lances, fruto da disponibilidade da Fabula e da Gora, a sua enorme paixão nunca as deixa desistir e como diz o provérbio “quem porfia sempre alcança”. Iniciei a geral só com a Gora, fruto da Fábula estar em cio, portou-se lindamente, ficando na minha retina um lance que protagonizou com uma Lebre, indo eu no alcance de duas perdizes que ela tinha levantado, mas ás quais não pude disparar por saírem tapadas com obstáculos naturais, ao passar um muro de pedras, vejo a Gora semi-deitada e toda torcida no meio do terreno, apontando uma zona de estevas a cerca de 15 metros, rapidamente tomo referência de toda a zona para me colocar o melhor possível, recuo então para cima duma pedra ao lado do muro que me permitia visualizar os dois lados, procuro a posição dos meus companheiros para os avisar, eis que oiço um barulho dentro das estevas e me apercebo que é uma lebre, já tinha um buraco dentro do muro que lhe permitia passar e por isso escapar – quantas vezes já tinha feito aquela fuga? - mas para seu azar, como me tinha elevado consegui vê-la a cerca de trinta metros, conseguindo imobilizá-la com um tiro de chumbo 7, trinta e duas gramas, rapidamente a Gora faz o cobro exibindo-a com toda a alegria. Ao longo da época efectuaram algumas boas paragens algumas com abate outros sem, as bravas não são fáceis de domar, um lance de grande beleza foi protagonizado pelas duas, ao deslocar-me numa zona plana mas com alguma vegetação, detecto a paragem da Fábula, faço sinal ao meu colega e avançamos na sua direcção, a Fabula desfaz a paragem e vai fazendo uma guia, depois de várias paragens e guias, reparamos que a Gora também entra em paragem, mas não é patron porque avançavam paralelas e a alguma distância uma da outra não permitindo a vegetação que se vissem, depois de mais algumas paragens e guias, isto já se arrastava por cerca de 200 metros, cada um de nós acompanha uma cadela, levantaram duas perdizes que apesar de levantar a distância de tiro não conseguimos efectuar qualquer abate, a do meu companheiro saiu tapada por uns sobreiros e a minha contornou uns enormes pedregulhos não dando a mínima hipótese de tiro, que grandes sabidonas mas mereceram ficar para a próxima época para transmitirem este saber e esta braveza aos novos perdigotos. A foto refere-se a perdizes de grande braveza, num bom dia em que conseguimos ser mais espertos que elas, porque dos dias em que se verificou o contrário não houve registo fotográfico, apesar de não haver nenhum dia em que não as avistássemos.

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