O dia apresentou-se muito frio, com céu limpo. Decidi abordar uma zona de mato e silvas em pinhal denso, onde uma galinhola já me fintou duas vezes, pouco depois de abordar a zona, ouço um beep, mas logo se cala não consegui perceber qual foi o cão, ouço os chocalhos bastante lentos, estão a trabalhar um rasto, a prática diz-me isso é muito importante sabermos escutar, tento colocar-me de maneira a ver uma das possíveis saídas já que é impossível seguir os cães, deixo de ouvir os chocalhos mas antes de ouvir qualquer beep sinto o levante de uma galinhola, um pouco mais tarde vejo-a a atravessar uma limpa em direcção a outro pinhal, no sentido contrário ao que estou e bastante longe, enganou-me novamente, sabia de certeza a minha posição, nisto vejo outra a atravessar sensivelmente no mesmo sitio, ou levantou junto com a outra ou foi atropelada quando os cães saíram no primeiro levante. Dirijo-me na direcção que elas tomaram, sabendo que se pousaram num determinado sitio é quase impossível matá-las pois a mancha é enorme e poucos sítios tenho para me movimentar, ao menos serve de treino aos cães.
Na esperança de terem ficado nas bordas da mancha vou observando os cães, mas de certeza que estão lá dentro, os cães vão trabalhando dentro da mancha, ouço os chocalhos e o barulho deles a furarem as silvas, pouco depois a cinquenta metros de mim, ouço o beep da Pista está parada, vou-me tentar chegar o mais possível, estou a cerca de trinta metros e o beep continua a tocar, não consigo aproximar-me mais, tenho de esperar a ver se acontece algum milagre, após alguns minutos a Pista rompe a paragem, ouço todo um vendaval mas de galinhola nada. As cadelas "varreram" completamente a mancha não consegui ver nada, tive de as chamar para as tirar de lá, pois devem ter encontrado por lá rastos. Vou abordar um eucaliptal com giestas e silvas pois poderão ter saído da mancha para lá e a estratégia resultou, mal os cães detectam um rasto e começam a trabalhá-lo, vejo fugazmente uma galinhola a voar a cerca de quarenta metros por entre as árvores, o que elas andam de pata agora, ouço o beep da Fabula e logo de seguida salta outra, completamente tapada pelas giestas altas, não me dá qualquer chance de disparo e de seguida vejo outra larga já a voar, três naquela área sem dar hipótese, sigo na direcção de um carvalhal com silvas onde se poderá ter refugiado uma, os cães trabalham lá dentro, os chocalhos deixam de se ouvir, mas antes do beep tocar, ouço o barulho de uma galinhola a levantar, um disparo e caiu, muita sorte, pois ela tomou uma vereda que era quase o único sitio onde havia visibilidade. Vou ao carro fazer uma pausa e trocar de cães pois aqueles já tinham trabalhado muito e bem. Vou tentar fazer a rebusca aquelas duas, numa zona de giestas e silvas, apercebo-me que os cães detectam um rasto, sigo-os após mais de trinta metros e pensando já que seria um coelho, vejo uma galinhola a sair a cerca de quinze metros, cruza por entre as árvores e para minha sorte, azar dela levanta ligeiramente e nesta altura um disparo e o seu abate. Ainda mais uma paragem da Daisy mas a galinhola não me deixou chegar, fica para o ano e que se reproduza bem.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
GALINHOLAS-01/02/2015
Noite com muita chuva, passando a aguaceiros com o amanhecer, ausência de vento. Iniciei a caçada com a Fabula, regressou depois da fase do cio, e a Pista. Tive a companhia do Daniel(novato) 1º ano com licença de caça. Após uma primeira que saiu longe do sitio onde nós estávamos, os cães deram sinal da presença dela, mas não se deixou aproximar, foi vista no ar por outro caçador que andava na zona. Abordámos uma zona onde já me tinham enganado uma vez e onde já tinha cobrado uma, após um pequeno sinal da Fabula, mandei o Daniel ir-se colocar numa zona onde ela poderia sair, A Fabula e a Pista continuavam ativas numa zona muito fechada e com alguma dimensão, de silvas dentro de um carvalhal e com bastante água devido ás chuvas fortes que se verificaram, eu ia acompanhando o melhor que podia, o beeper da Fabula começa a tocar, está parada, dirijo-me para lá mas não consigo passar, ouço o barulho da galinhola a levantar, logo de seguida um disparo, outra galinhola a levantar, novo disparo, pergunto ao Daniel, a primeira caiu a segunda foi-se embora, pede para guiar os cães para lá pois está dentro das silvas e ele não consegue lá chegar. mando os cães cobrar, diz-me que anda uma das cadelas na zona, aguardo um pouco, ele diz-me que ela continuou, pergunto-lhe se ela não teria ficado ferida e ele diz-me que pensa que está morta, contorno a zona e coloco-me mais à frente, perto de uma vala de água, sinto qualquer coisa na água e logo de seguida, uma das cadelas também entra na água, abro um buraco nas silvas para ver o que se passa, então observo uma cena que nunca tinha visto, a galinhola já está quase na margem, vai remando com as asas, uma está partida e a Pista está a nadar em direcção a ela, ela sai para uma zona de fetos a Pista entra lá e pouco depois regressa com ela na boca, o Daniel também conseguiu ver e só conseguia dizer- brutal.
Dirigimo-nos a outra zona, um mato alto dentro de um pinhal denso, formado numa linha de escoamento de água da encosta, após algum tempo de os cães irem a trabalhar ao longo da linha de água, soa o beeper da Fabula, logo de seguida ouve-se novamente o chocalho, novamente o beeper e novo deslizar, após esta dança de algumas dezenas de metros a galinhola sai para o lado do Daniel, mas nas costas pois ele tinha-se adiantado e não lhe conseguiu atirar, tento perceber em que direcção foi para iniciar a rebusca, após algum tempo sem sucesso, digo ao Daniel para irmos ao carro trocar de cães, fui na direcção do inicio do mato onde ela se encontrava para tirar uma duvida, mal lá chegamos, noto os cães muito activos num rasto a Pista entretanto entra no mato, atravessa-o e do lado contrário faz soar o beeper, atravesso o mato mais o Daniel, quando chegamos vemo-la parada em mato mais baixo, aproximamo-nos ela guia e volta a parar, nova guia e nova paragem, nisto a galinhola mesmo na dobra do monte levanta e volta a escapar sem qualquer disparo, mas bonita toda aquela cena. Entra em acção a Daisy e o Index, já sem o Daniel, bato umas zonas querençosas sem qualquer êxito, já de regresso, abordo uma zona de mato alto e pinhal denso, o beeper da Daisy, começa a tocar, aproximo-me o mais possível, entretanto o beeper do Index também começa a tocar, parece uma sinfonia, após alguns minutos, para mim pareciam já horas, sinto o barulho da galinhola a sair e dos cães mas não a consigo ver, já não fui fazer a rebusca fica para uma próxima oportunidade.
GALINHOLAS - 2015/01/28
O dia apresentou-se com chuva e ausência de vento. Iniciei a jornada com a Daisy e a Pista, passados cinco minutos numa zona de mato muito alto e pinhal denso, só posso abordar pelo exterior, sinto os chocalhos muito acelerados e vejo a primeira já no ar e demasiado longe de onde estou passou para um local onde já não posso caçar. Já noutra encosta numa zona que alterna fetos com mato denso ouço o beeper da Pista a tocar, dirijo-me rapidamente para lá, quando estou muito perto dela a galinhola sai, por entre aquele emaranhado de pinheiros densos ainda baixos, com alguns que cairam e estão cruzados nos que estão em pé, um disparo e não consigo ver mais nada, na duvida dirijo-me para lá e mando cobrar, de repente entre o mato vejo saltar qualquer coisa e logo atrás a Pista, era a galinhola chumbada, bom cobro e a primeira do dia. Avanço para outra zona onde uma já me tinha enganado, novamente o beep da Pista e logo de seguida o da Daisy, tento aproximar-me delas, quando chego vejo numa vereda a Pista e três metros atrás a Daisy em patron, avanço, nisto elas avançam e entram numas silvas, tento contornar mas não consigo, elas continuam a avançar e ouço novamente o beep da Daisy, pouco depois sai a galinhola demasiado longe e com pouca visibilidade vou no encalço dela, sinto os beeper's a tocar numa zona de mato, estou do lado contrário, tento aproximar-me delas, quando chego elas saem de paragem, mas a bicuda já tinha saído, tento adivinhar para onde e sigo na rebusca, ouço o beep da Pista, dirijo-me para lá, encontro a Pista parada e completamente deitada numa zona de mato mais baixo, mas num emaranhado de pinhal denso, contorno-a pela direita, ela desliza completamente agachada, grande estilo, nisto chega a Daisy dão um recital de paragens e guias mais de cinquenta metros, que belo lance, deixo de as poder acompanhar e a galinhola sai novamente longe e sem qualquer possibilidade de disparo que grande mestra, vou novamente no seu encalço, paragem da Daisy, chego onde posso e ela sai novamente longe num eucaliptal novo, escondendo-se na sua rama um disparo para me despedir dela até novas lutas. Como já tinha ganho o dia, vou trocar a Daisy pelo Index, vou dar oportunidade aos jovens da casa de aprender mais, numa zona mais baixa, os beeper's dos dois começam a tocar, não posso lá chegar, são silvas muito fechadas,
contorno-as, nisto a galinhola sai, vislumbro-a um disparo, são imensas as folhas a cair, fico na duvida, dirijo-me para lá, a Pista já a tem ainda está viva. Noutra zona o Index faz uma paragem, soa o beeper, aproximo-me, ele desliza, acompanho-o por fora, passado um pouco a galinhola levanta, ouço o barulho mas não a vejo, saiu completamente tapada.
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