CODORNIZES COM FABULA E GORA

 

Depois de duas jornadas muito boas, no 3º Domingo, uma visita com um grupo de amigos a uma zona no Vale de Santarém que se traduziu numa jornada fraca, 4 abates e mais 4 levantes, muito milho (está atrasado a recolha em cerca de 3 semanas ao que é habitual) e outras culturas ainda por tirar não permitiram que se pudesse disfrutar mais, valeu pela almoçarada e pelo convívio.

O 4º Domingo fui sozinho, depois de uma noitada um bocado agitada, levantei-me um bocado mais tarde, já tinha tudo preparado no carro o que me ajudou. depois de uma noite de chuva finalmente, o dia apresentava-se com algumas nuvens. Depois da deslocação para a zona onde ia efectuar a jornada de caça, alguns amigos disseram-me que já tinha poucas codornizes, resolvi começar numa zona junto a uma lagoa, onde já se encontrava muito milho cortado, tendo ainda algumas milheiradas e poisios com algumas plantas que são muito do agrado das codornizes. Depois de algum tempo de terreno já percorrido, noto que a Fabula detectou algumas emanações, penso para comigo só pode ser codorniz, começo a deslocar-me para mais perto dela, quando subitamente ela bloqueia,aproximo-me mais e ela começa a guiar, novo bloqueio, observo a localização da Gora, continua a procurar a cerca de 20 metros donde está parada a Fabula, não a consegue ver devido à vegetação, retomo o contacto com a Fabula e começo a aproximar-me mais a Fabula começa novamente a guiar, a codorniz continua a andar, não se fixa por muito tempo, a Fabula começa a atravessar a milheirada a codorniz sai do lado contrário onde me encontro, oiço o som característico do seu levante, mas sai protegida pelo milho, só a consigo ver quando vai fora do alcance de tiro. Depois desta mais 3 levantes sem qualquer abate, arranjavam maneira de sair sempre do lado contrário ao que eu ia, tinha-se levantado um vento muito forte que não me permitia localizar os cães pelo som o que me dificultava em muito a acção Devido a estas condições resolvi deslocar-me para outra zona que fica mais abrigada do vento. Mal comecei a caçar junto a um milheiral, paragem da Gora e o meu primeiro abate, cobro da codorniz pela Gora e verifico que é uma fêmea tem o papo cheio de sementes de milhã, no final desse terreno uma nova paragem da Fabula e o meu segundo abate, cobro da cadela e mais uma fêmea. Terminei a jornada com 5 abates e 12 levantes, muito bom nesta altura, a codorniz já tem a escola toda, apeona muito e cruza os rastos, dificultando o trabalho aos cães obrigando a muito trabalho e paixão, se repararem para os olhos da Fabula estão quase fechados devido ás sementes da milhã, antes de subir ao atrelado tem de ser bem limpos. Mais uma excelente jornada que eu vivi, foi a primeira vez que as cadelas actuaram sozinhas conseguindo uma excelente actuação  e se nas duas 1ªs jornadas tiveram ajuda das cadelas do Miguel, aqui demonstraram-me o seu grande potencial.

CODORNIZ - 2012



Dia 2012-09-09, nova caçada, o dia apresentou-se com muito nevoeiro, eu e o Miguel iniciamos a jornada ás 8 horas, optamos por terrenos mais abertos, visto existir muita humidade ao contrário do primeiro dia, o dia apresentava-se mais fresco com um unico senão - ausência de vento. Os cães que nos acompanhavam eram os mesmos da jornada anterior. Fruto do seu labor e da sua paixão iam-nos conseguindo excelentes lances, com paragens e patron's lindissimos. Conseguimos 15 abates, não conseguimos recuperar uma codorniz. Na recuperação destaque para uma da cadela mais velha do Miguel e para outro da Fábula a codornizes feridas de asa, em que ao fim de muito trabalho, a persistência acabou por dar resultado. Mais um excelente dia de caça.

 



ABERTURA CODORNIZ 2012

O Miguel e as 4 protogonistas

Hoje 2 de Setembro de 2012, iniciei esta época de caça com cão, depois de umas férias retemperadoras, a emoção era grande. Esta jornada de caça foi marcada pelo meu amigo Miguel, numa zona de caça municipal que já não visitava desde os tempos do chamado terreno livre. Não sabia como se encontrava, era uma excelente zona, onde com outros cães tinha vivido lances notáveis a esta astuta ave. O dia amanheceu rapidamente e sem humidade, prevendo-se muito calor. Verificamos enquanto se preparávamos uma elevada concentração de caçadores no local e logo os primeiros tiros ecoaram. Eu fazia-me acompanhar da Fabula (E. Breton de 2 anos) e da Gora (S. Inglês de 14 meses), o Miguel trazia duas E. Breton, uma com 6 anos, filha dos meus bretons e uma filha desta com 3 anos. Depois de aguardarmos algum tempo, para deixar passar algumas tropelias, lá resolvemos começar a caçar, as duas cadelas do Miguel começaram a efectuar as buscas já bastante concentradas, as minhas notavam-se algo desconcentradas, para isso, muito contribuía a sua inexperiência, 1ª abertura a este nível e a sua grande paixão, agravada pela falta de saída ao campo nesta quinzena de férias estando os seus níveis de stress muito altos. A escolha do 1º local revelou-se muito fraca, só conseguimos 4 abates, ao cruzarmos com outros grupos a opinião generalizada era que não havia codornizes, resolvemos então mudar de local. O 2º local revelou-se uma escolha acertada, apesar de alguns grupos no terreno, conseguimos lances notáveis com excelentes paragens e patrons por diversas vezes, quase no final, a cereja no topo do bolo, a Fabula efectua uma paragem e as restantes cadelas todas em patron, um poster magnifico. Lances bonitos que vivemos neste dia, enchendo-nos de orgulho destas companheiras cinegéticas. As cadelas do Miguel são excelentes, principalmente a mais velha tendo atingindo a plena maturidade, a mais nova não estando tão concentrada, fruto talvez de algum vestígio de cio, esteve em bom nível. Em relação ás minhas, a Fabula, teve uma actuação em crescendo, terminando num nível muito alto, buscando incessantemente conseguindo muitos lances, estando a confirmar o que pensava, que é uma cadela acima da média e com um excelente futuro na caça, devido ao seu excelente nariz e à sua enorme paixão. A Gora atendendo à sua idade, penso que esteve bem, revelou muita paixão conseguindo alguns lances, o que não era fácil atendendo ás condições e há concorrência, uma parte em que esteve a alto nível foi nos cobros, onde conseguiu alguns com grau de dificuldade elevado, especialmente no meu ultimo abate, onde efectuou um cobro dentro de um milheiral a uns bons 30 metros. Só como registo terminámos a caçada com 16 aves recolhidas e com vinte e muitos levantes, deixo uma foto, com má qualidade, para recordar o dia.

P.S. O Miguel (Tem tido bretons fabulosos filhos dos meus cães) ficou com um cachorro, tem 3 meses, desta ninhada da Fabula, está lindíssimo e vai seguir as pisadas da mãe. As codornizes são bravas pois não se efectuam repovoamentos nesta zona nem nas limítrofes.